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As Três Formas de Unidade

Símbolos de fé das Igrejas Reformadas

Confissão Belga (1561 d.C)

O primeiro dos padrões doutrinários da Igreja Reformada na Holanda foi chamado Confissão de Fé e se tornou conhecido como Confissão Belga por ter-se originado na área agora denominada Bélgica. Seu principal autor foi Guido de Brès, um pregador reformado, martirizado em 1567. Durante o século 16, as igrejas naquelas região foram expostas às mais terríveis perseguições pelo governo católico. Para protestar contra essa cruel opressão e para provar aos opressores que os reformados não eram rebeldes revolucionários, como os acusavam, mas cidadãos cumpridores das leis, que professavam as verdadeiras doutrinas cristãs de acordo com as Sagradas Escrituras, de Brès preparou essa Confissão no ano de 1561. No ano seguinte, uma cópia dela foi enviada ao Felipe II, junto com uma declaração em que os signatários afirmavam estar prontos a obedecer ao governo em tudo o que fosse legitimo, mas que se submeteriam à tortura e à morte antes de negar as verdades expressas na Confissão.

Catecismo de Heidelberg (1563 d.C)

O Catecismo de Heidelberg é o segundo dos padrões doutrinários da Igreja Reformada e originou-se no ano de 1563, na cidade de Heidelberg (dai o seu nome), capital do eleitorado alemão do Palatinado. O principe eleitor Frederico III, que se tornou calvinista em 1560, encarregou Zacarias Ursinus (Professor da Faculdade de Teologia de Heidelberg) e Caspar Olevianus (pregador da corte) de prepararem um manual de instrução doutrinaria para consolidar a fé reformada em seus domínios. O novo catecismo foi aprovado e publicado em 1563. O sucesso foi imediato e, em sua terceira edição, as perguntas e respostas foram agrupadas em 52 dias do Senhor, de modo que seu conteúdo pudesse ser estudado ao longo de um ano. O Catecismo de Heidelberg tornou-se o mais importante simbolo de fé das igrejas reformadas, junto com a Confissão Belga e - a partir do Sinodo de Dort (1618-1619) - com os Cânones de Dort.

Cânones de Dort (1618-1619 d.C)

O terceiro padrão doutrinário adotado pelas igrejas reformadas chama-se Cânones de Dort. Jacobus Arminius, pastor da Igreja Reformada em Amsterdã (dai os "arminianos", adeptos ou defensores dos seus ensinamentos), afirmava que a salvação depende da presciência de Deus, no que foi contestado. Depois de sua morte, em 1609, o grupo arminiano publicou em 1610, "A Remonstrância" (pleito, pedido). O documento expunha o Arminianismo em cinco pontos:

1) Deus elegeu os que creriam;

2) o sacrifício de Cristo é para todos, mas somente o crente o recebe;

3) a fé é um dom da graça de Deus;

4) essa graça, porém, pode ser rejeitada;

5) os crentes também podem causar a própria perdição.

Os teólogos fiéis à Escritura também publicaram um documento, a "Contrarremonstrância" e esclareceram o ponto de vista bíblico em sete artigos:

1) Deus em seu beneplácito, escolhe alguns a fim de salvá-los por Cristo, sendo as demais preteridas;

2) este decreto se aplica também as crianças;

3) aos eleitos; Deus dá a fé;

4) para eles vale o sacrifício reconciliatório de Cristo;

5) o Espirito os renova;

6) o Espirito os guarda na fé;

7) eles mostram a gratidão por meio das obras.

No dia 13 de Novembro de 1618, o Sinodo reuniu-se em Dort, ou Dortrech, na Holanda, para decidir a questão. Os cinco artigos dos arminianos foram discutidos e uma comissão preparou o texto dos "cânones" ou regras de doutrina em que se condenava a doutrina arminiana e se expunha a doutrina da Escritura.

Os Cânones de Dort foram aceitos por todos os delegados e solenemente promulgados. As igrejas reformadas dos Países Baixos tinham agora sua terceira confissão de fé; ao lado da Confissão Belga (1561) e do Catecismo de Heidelberg (1563), os Cânones de Dort tiveram influencia também na preparação da Confissão de Westminster (1647).

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Catecismo de Heidelberg.png

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Sínodo internacional que teve lugar em Dordrecht, na Holanda, de 1618 a 1619 pela Igreja Reformada Holandesa

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